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FEM-CUT/SP realiza plenária sobre Campanha Salarial de 2018

Dirigentes debateram conjuntura econômica, política e eixos para a Campanha

Fonte: CUT

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Na última quarta-feira, 20, a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, realizou uma plenária com dirigentes da entidade e dos sindicatos filiados para debater a Campanha Salarial 2018. “Essa é a primeira Campanha após a reforma trabalhista ter entrado em vigor e o intuito deste encontro foi traçar nossas estratégias para enfrentar esta conjuntura em que a retirada de direitos que denunciávamos, se concretizou”, destacou Adilson Faustino, o Carpinha, secretário geral da FEM-CUT/SP. O calendário para realização de assembleias e entrega de pauta foi aprovada durante o encontro.

Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP, apresentou um balanço das negociações permanentes e destacou a importância dessa ferramenta para a manutenção de direitos. “A ameaça de retirada de direitos nos persegue desde 2016 com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a concretização do golpe”, relembrou Luizão. “Primeiro acabaram com a ultratividade das Convenções, depois aprovaram a terceirização irrestrita e em seguida a reforma trabalhista”, continuou o dirigente. A ultratividade garantia a validade da convenção coletiva de trabalho vigente até que uma nova fosse convencionada. Com o fim desta norma, os direitos da categoria que são garantidos pela Convenção perdem a validade caso uma nova não seja acordada. “O fim da ultratividade das Convenções Coletivas de Trabalho obriga que sejamos rápidos para garantir que nenhum trabalhador fique sem seus direitos”, explicou o dirigente. “A aprovação da reforma trabalhista colocou os trabalhadores e as trabalhadoras em uma situação difícil, tornando “legal” a precarização das condições de trabalho, e diante desta situação, nos utilizamos da cláusula da Negociação Permanente para antecipar os debates sobre a Convenção com a bancada patronal”, explicou. “Durante toda a campanha dos patrões pela aprovação da reforma, muito se ouviu sobre o negociado sob o legislado, agora, estamos cobrando que eles se comprometam a negociar de verdade”, afirmou Luizão.

Balanço da Negociação Permanente

Nestes espaços, a FEM-CUT/SP já apresentou sua proposta de Convenção Coletiva de Trabalho, reorganizada, com a manutenção de todos os direitos já conquistados e o aprimoramento de cláusulas que valorizam o ser humano. Algumas bancadas patronais já apresentaram contra pauta propondo retirada de direitos, como é o caso dos grupos 2 e 8. O Grupo 3 criou um fórum de empresas para elaborar a pauta patronal.  Já o Sindcel e o Grupo 10, apesar de terem recebido a proposta dos trabalhadores/as, ainda não se posicionaram. “Pouca coisa mudou na postura das bancadas. A estamparia passou a acompanhar as conversas com o Grupo 8 que ainda não definiu qual será sua composição final”, afirmou Luizão. “Nossa expectativa é que a partir da primeira semana de julho possamos dar prosseguimento com as negociações após o fim das assembleias de trabalhadores pela base para que em setembro o foco seja apenas a pauta econômica”, disse. “Apesar da crise, a FEM-CUT/SP garantiu que nenhum metalúrgico tivesse perdas salariais nas últimas datas-bases. Em 2018 será diferente, com a unidade dos trabalhadores/as conquistaremos a reposição total da inflação e mais”, finalizou Luizão.

Análise de Conjuntura

Para traçar as estratégias dos trabalhadores/as, Fausto Augusto Júnior, diretor do Dieese, participou da atividade para falar da atual conjuntura política e econômica em que a campanha está inserida. “Em curto prazo, vivemos um período de instabilidade divididas em três pontos centrais:  governo que não governa; eleições de outubro; cenário internacional econômico equilibrado e os Estados Unidos como centro dos investimentos internacionais”, destacou o economista. Já a longo prazo, Fausto destacou qual é o projeto dos países imperialistas para o Brasil. “O golpe está efetivando o que os Estados Unidos queriam para o Brasil, nos tornar uma grande fazenda, sem qualquer tipo de produção industrial que agregue valor as nossas exportações, nos colocando como produtor de grãos, matéria prima e energia, chamadas de “Commodities”. Todo o projeto de país desenvolvido durante os governos Lula e Dilma, que colocava o Brasil no centro da disputa da riqueza internacional foi destruído em dois anos”, completou. Fausto ainda alertou sobre a importância de os sindicalistas observarem e se organizarem para atuar nesta nova configuração das relações capital-trabalho.

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