Como se já não bastasse a reforma da Previdência que aumentou o tempo de contribuição, diminuiu o valor de aposentadorias e pensões, inclusive para viúvas e órfãos, além do auxílio-doença, o governo federal quer arrochar ainda mais os valores pagos aos pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Apesar dos desmentidos do presidente, o governo negocia com aliados do Congresso o congelamento dos benefícios sociais e aposentadorias para quem ganha acima do salário mínimo para por de pé o Renda Cidadã.
A ideia é conseguir recursos para pagar o Renda Cidadã (ou Renda Brasil), em substituição ao Bolsa Família, criado por Lula. O argumento do governo para não reajustar o valor das aposentadorias e pensões é manter o Teto de Gastos Públicos, que congelou os investimentos por 20 anos, impedindo qualquer gasto acima da inflação. A Emenda Constitucional (EC) Nº 95, que criou o teto foi aprovada em 2016, no governo de Michel Temer (MDB-SP).
Também há discussões de cortes em isenções e subsídios tributários, exceto para micro, pequenas e médias empresas, cadastradas no Simples Nacional os benefícios regionais. Por isso, o porcentual de corte das renúncias em outras áreas terá de ser um pouco maior, em torno de 20% a 25%.