Nesse sábado (19), o país registrou 1.401 mortes e 20.483 novos casos de covid-19, elevando o total de óbitos para 500.022, e o de casos, para 17.822.659, segundo dados das secretarias de Saúde coletados pelo consórcio de imprensa.
Esse número é sete vezes a capacidade da Marques de Sapucai, a passarela do samba carioca, segundo o UOL. É como se centenas de municípios brasileiros tivessem morrido, diz o portal, lembrando que apenas 49 dos 5.570 municípios do país têm mais de 500 mil habitantes.
Para além dos números, são mães, pais, filhos, irmãos, tios, primos, amigos e colegas de trabalho morrendo por falta da vacina e isso foi cobrado do presidente nas ruas do país.
O que explica a nova escalada da pandemia é ausência de uma política nacional de prevenção, controle e segurança por parte do governo de Jair Bolsonaro.
A avaliação é de especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com eles, estados e municípios não apresentam conduta baseada em critérios uniformes orientado pela ciência. Além disso, muitos passaram a abandonar o isolamento social e flexibilizar a economia, reabrindo lojas de rua, restaurantes, serviços como salão de cabeleiritos e shoppings.
Houve uma grande ausência de apoio aos trabalhadores e empreendedores mais vulneráveis à situação de pandemia e também uma política deliberada de estimular a propagação do vírus em vez de priorizar a vacinação.
Diante deste cenário, os especialistas falam em mais de 850 mil mortes até que o país alcance número de vacinados suficiente para fazer a pandemia recuar.