Entregadores de aplicativos de todo o Brasil estão organizando uma nova paralisação de 24 horas no dia 25 de julho, nesse sábado, e prometem que greve será maior do que a do dia 1°. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, segurança e um valor maior e mais justo pelas entregas. A mobilização do próximo sábado é uma resposta ao silêncio das operadoras, como Rappi, Ifood, Loggi, Uber Eats e demais, que não negociaram até agora nenhuma das reivindicações, explica um dos organizadores do “breque dos App”, Diógenes Silva de Souza. Segundo ele, as empresas se limitaram a comunicar, por meio à imprensa, que estão garantindo equipamentos de segurança.
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O método da próxima paralisação será com parada dos trabalhadores nos pontos de coleta, como os restaurantes, shoppings e outros estabelecimentos conveniados aos aplicativos e, assim, bloquear efetivamente a retirada de pedidos dos lugares. A mobilização do próximo sábado está sendo organizada em diversos estados no país como forma de sensibilizar as plataformas para as condições precarizadas de trabalho dos motoboys em todo o Brasil.
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Os trabalhadores de aplicativos reivindicam o fim dos bloqueios injustos de entregadores, ou que tenha um canal de defesa, aumento na taxa mínima nacional de entrega com reajuste anual, seguro contra roubo e furto, de acidente e de vida, uma base de apoio para descanso e alimentação e o fim a pontuação e ranking do aplicativo, que obriga o trabalhador fazer a jornada que o aplicativo quer, o que, segundo eles, tira a autonomia da categoria. Os trabalhadores têm tentado dialogar com representantes das empresas, mas sem sucesso.
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