Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes e Bares da Baixada Santista e Vale do Ribeira - CNPJ 58.208.463/0001-23

Fundado em 23/03/1933

Filiado a:

82 ANOS DE LUTAS! VIVA O SINTHORESS! Uma lição de confiabilidade, prestação de serviços e preocupação com o trabalhador

Há muitas décadas nosso sindicato luta por melhores condições de trabalho e vida para nossa categoria profissional.

Sede-Santos
Sede-Santos

Como se iniciou essa história?

Essa história começou internacionalmente! Na verdade, tudo começou na Espanha, com uma sociedade que ainda existe chamada ‘Genebrina’. Na época, com sede em diversas partes do mundo, a sociedade possuía brigadas avançadas, presentes na abertura dos hotéis de 1ª classe, em qualquer parte do mundo. Tais brigadas davam assistência e orientação na instalação dos novos hotéis – todas acatadas – pois, sem dúvida, eram os melhores em sua área. Eles estiveram no Brasil para a instalação do Hotel La Plage , no Guarujá; Parque Balneário, em Santos, e outros em São Paulo, Rio de Janeiro e dezenas de outras cidades do país.

Cesário Hernandes, nosso 1º presidente, teve a oportunidade de integrar uma dessas brigadas, com a qual adquiriu muita experiência. Nós não tínhamos mão-de-obra especializada. Ela pertencia à imigrantes, dentre eles espanhóis, italianos, portugueses, etc. Foi assim que iniciou-se um movimento para se criar uma classe nacional, seguindo a orientação de uma sociedade que a preparasse e a educasse.

Nasceu no Rio de Janeiro o Centro Cosmopolita e, aqui em Santos, o Centro Internacional, que por muitos anos dirigiu a classe. Cesário Hernandes ingressou em 1928, chegando à presidência, cargo que assumiu por muitos anos. Época de luta, revoluções e mudanças. Em 1924, explode a revolução d e Isidoro Dias Lopes e, em 1932, a revolução que coloca Getúlio Vargas no poder. Getúlio decretou a Lei nº 1.402 que, dentre outras coisas, nacionalizava todas as sociedades e sindicatos. Em 1933 é fundado o Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, por Cesário, junto com outros colegas. Logo, já estavam com dois mil associados. Criou-se, então, assistência médica, odontológica e jurídica, as quais contaram com a colaboração de excelente profissionais.

SSegundo Cesário, “essa classe, nascida dos potentados, que a seu bel prazer procuravam ter sempre a seu lado pessoas que os servissem em tudo, foi crescendo e dessa forma surgiu o direito de reclamar. Houve grandes desentendimentos em resolver nossas questões, mas companheiros nossos, pondo de lado o lazer, vieram para o sindicato trabalhar e defender os direitos dos colegas atingidos pela má compreensão dos que tem, no momento, o direito de mandar, esquecendo-se que um dia estamos por cima e, noutro, por baixo”

Delfino Miranda foi o 13º presidente, ficando 16 anos à frente do sindicato, período em que o sindicato teve grandes conquistas, desde o crescimento dos associados – de 150 existentes no início de sua gestão à 1.500 ou 3.592, se contarmos os associados itinerantes – que se movimentam constantemente em busca de novos empregos em outras regiões. Esse aumento aconteceu através de um trabalho que Delfino fez junto a Prefeitura, na qual levantou todas as empresas existentes no ramo, fazendo assim um cadastro de todos os empregados do setor.

Em sua gestão de 79, foi contratada uma firma para efetuar o recolhimento assistencial; contratou os serviços do advogado Wilson de Oliveira, além de novos médicos. Firmou dezenas de convênios. Foi em 1979 que o sindicato adquiriu mais quatro salas, ampliando sua sede, melhorando sua estrutura e atendimento médico e odontológico. Delfino manteve o sindicato até o final de sua gestão, em 1987, sem ter qualquer dívida com terceiros e mantendo todos os departamentos funcionando plenamente. Sem dúvidas, esse garçom batalhador, que sempre lutou pela classe, será sempre um grande exemplo para nós e para todos os brasileiros que, como ele, devem aprender a lutar não só pela sua melhora, mas pela melhora de todos.

A frase que traduz muito bem o Sinthoress é: “Só a união constrói alicerces fortes, resistentes, capazes de resistir as piores pressões”.

A partir dos anos 90 um novo grupo surgiu na direção da entidade. Eram trabalhadores de várias cidades da base territorial, garçons, cozinheiros, trabalhadores da recepção, manutenção e da administração da hotelaria. Representativa das várias atividades profissionais da categoria, a maioria dos componentes desse grupo conheciam a realidade predominante na base territorial e tinha a sensibilidade e a coragem necessárias para a luta. Essa luta começou cedo e num lugar inesperado: na própria diretoria havia aqueles que pensavam em manter a situação exatamente como estava, sem qualquer avanço para os trabalhadores, trocando seis por meia dúzia. O conflito terminou com o grupo de jovens e novos diretores recebendo, com base em ordem judicial, a presidência do Sinthoress e assumindo o destino da categoria em suas mãos. E esses jovens não desapontaram os trabalhadores e suas famílias.

Em decisão corajosa, a categoria em Assembléia votou pela filiação do SINTHORESS à Central Única dos Trabalhadores, a CUT, logo em 1990. Desde então, têm sido anos de luta, enfrentamento, greve, inclusive alguns anos sem o dissídio coletivo por birra dos empresários, mas, sempre com respaldo dos trabalhadores, os jovens e novos diretores amadureceram, compreenderam, abraçaram e vêm conquistando as bandeiras de luta da categoria. Essa atitude de independência e luta conquistou o respeito dos patrões e da opinião pública para todos os trabalhadores e seu sindicato.

 

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