A taxa de desemprego subiu para 13,3% no trimestre móvel referente aos meses de abril a junho de 2020 e atinge 12,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – Contínua), divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só no segundo semestre deste ano, período em que vigoraram medidas mais severas de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus (Covid-19), quase nove milhões de pessoas perderam o emprego. Entre abril e junho, o número de pessoas ocupadas caiu 9,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa 8,876 milhões a menos trabalhando. É a maior redução desde o início da série histórica, em 2012.
A população subutilizada, de 31,9 milhões de pessoas (29,1%), bateu mais um recorde na série, crescendo 15,7% (4,3 milhões pessoas a mais) frente ao trimestre anterior (27,6 milhões). Outro recorde foi o de população desalentada que atinge 5,7 milhões de pessoas, alta de 19,1% (mais 913 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior.
A taxa de informalidade foi de 36,9% da população ocupada, ou 30,8 milhões de trabalhadores informais, a menor da série, iniciada em 2016. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,9%. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado caiu para 30,2 milhões, menor nível da série, 8,9% abaixo do trimestre anterior (menos 2,9 milhões). O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado (8,6 milhões de pessoas) também chegou ao menor nível, com queda de 2,4 milhões de pessoas (-21,6%) frente ao trimestre anterior. O número de trabalhadores por conta própria caiu para 21,7 milhões de pessoas, uma redução de 10,3% se comparado tanto ao trimestre anterior. A categoria dos trabalhadores domésticos (4,7 milhões de pessoas) chegou ao menor nível da série, com quedas recordes em comparação ao trimestre anterior de -21,0%.
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